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(Atenção) Prefeitura de Guaramirim compra microchips e aplicação em animais deve começar nas próxima


Nas próximas semanas, os donos de cachorros de Guaramirim devem começar a receber as visitas. A veterinária do Setor de Bem Estar Animal da Fundação de Meio Ambiente de Guaramirim, Marister Camara Canto, irá tirar do papel o projeto para chipagem de animais de estimação na cidade. No começo do ano, a Prefeitura fez umacompra de 700 microchips, que devem ser aplicados ainda em 2015. Outra licitação colocou à disposição do setor mais 2.000 chips, conforme a necessidade de implantação. Guaramirim é a primeira cidade do Vale do Itapocu a implantar os chips de identificação nos animais.

A lei que embasa a aplicação dos microchips foi aprovada no fim de 2013 e estabelece que todos os cães e gatos da cidade devem ser identificados com o dispositivo. Segundo Marister, os benefícios são muitos. Para começar, apenas com os chips será possível determinar a população de animais na cidade e com isso prever as próximas ações públicas a respeito. Para os donos, o chip é uma segurança: se o animal foge ou é roubado, o chip ajuda na identificação do proprietário e sua possível devolução. Além disso, se um animal é abandonado, é possível identificar e responsabilizar seu dono.

Marister revela mais um dado relevante: na cidade, há uma média anual de 130 registros de pessoas mordidas por cachorros na secretaria de Saúde. Sem o chip, a responsabilização dos donos às vezes é impossível. Mais que isso, manter o controle sobre a população de animais é uma forma de garantir a saúde pública dos moradores da cidade.

Por enquanto, os moradores não terão gastos com a implantação dos chips, que já foram adquiridos pela Prefeitura. De acordo com a lei, porém, a gratuidade seria restrita aos primeiros 24 meses após a aprovação do texto. O prazo se encerraria em dezembro deste ano e a partir daí uma taxa única seria estabelecida para cobrança do serviço em clínicas veterinárias.

O primeiro passo antes das implantações será a conscientização. Marister explica que o trabalho será realizado por bairros e que tudo começará com palestras e encontros para explicar o que é o microchip, como ele funciona e qual sua importância.

Apenas depois a veterinária irá passar nas casas para começar a realizar um registro dos animais e a implantação do chip. O momento também será utilizado para listar as famílias que podem se beneficiar de recursos para a castração de seus animais de estimação. Com isso, será possível estabelecer os três itens que formam o tripé do bem estar animal: cadastro e identificação dos animais (através do chip); campanha de castração; e conscientização dos proprietários.

Acolhimento

A ação, porém, deve acabar se estendendo por diversos meses. A única funcionária do setor é a própria Marister, que encabeça sozinha as ações. Sem um carro próprio, as visitas ficam dificultadas e o trabalho leva mais tempo para ser executado. Mas Marister garante que tudo sairá do papel.

- A intenção é que as pessoas simpatizem com a ideia e procurem a chipagem, notando a importância do projeto. As Prefeituras precisam pensar a longo prazo e ver essa política como fundamental para evitar gastos futuros _ defende.

Na compra dos 700 chips, foi gasto um total de R$ 7 mil, R$ 10 por produto. Nos demais 2 mil, o valor unitário elevou-se para R$ 12,60. Para Marister, o valor se justifica e resulta em economia futura. Atualmente, a Prefeitura paga para uma clínica veterinária fazer os atendimentos a animais atropelados e vítimas de maus tratos que não têm os donos identificados.

O valor pago depende do número de animais em tratamento e dos casos, mas fica entre R$ 5 mil e R$ 10 mil mensais. Com os chips, seria possível localizar os reais proprietários e responsabilizá-los, reduzindo a conta municipal.

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